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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Promoções, livros e a estante

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Fonte: tumblr


O fim de ano é um período perigoso para leitores. As promoções de espraiam e fica realmente difícil resistir. Isso, levando em conta uma estante com uma parcela considerável de “compras imperdíveis”, ainda não lidas. Claro que o final de ano é apenas o momento em que o afã das promoções se alarga, porém durante todo o ano o varejo realiza algumas promoções “imperdíveis”.

Diante desse quadro, todo leitor, em algum momento, se verá diante da sua estante, e dos livros que ali estão, quase intocados, esperando para serem lidos. Eis que surge o grande questionamento, é chegada “a hora de parar de compra livros”1? Eu já há passei por essa etapa, contudo ao invés de adotar uma política proibitiva, não comprar livros. Resolvi assumir uma política seletiva. Em que sentido, haviam muitos livros na estante, certo número comprado compulsivamente, de forma que não foram e não mais serão lidos. Efetivada essa tarefa, era preciso repensar a condução das compras, eis que me decidi: apenas, e tão-somente, livros que efetivamente me interessassem seriam adquiridos. Minha estante assumiria menos a cara de uma disposição de livros promocionais, e mais um caráter de escolhas seletivas e prioritárias.  Em suma, um processo de saneamento. 

Ao fim e ao cabo, não tenho me afastado desse posicionamento. O número de compras, antes elevadíssimo, reduziu bruscamente. Não poderia deixar de notar a contribuição que o Kobo teve nesse processo, como uma espécie de amortização física; com ele não é possível perceber uma estante com livros lhe observando de forma acusatória.

Prova da minha conduta conscienciosa, foi que na última Black Friday, a Americanas estava com 10.000 livros em promoção, por 9,90. Havia entre eles uma quantidade considerável de livros compráveis, entretanto, de acordo com a política seletiva, terminei por comprar apenas 10, tendo em vista um período de jejum considerável. Adquiri livros que queria há muito tempo, exemplares imperdíveis de Dashiel Hammet e Raymond Chandler - os maiores expoente do policial noir. De fato, uma compra necessária.

Com efeito, tenho conseguido manter minhas leituras em um nível muito mais próximo do número de compras. De forma tal que minha estante tem se expandido, lenta e sustentavelmente.

1 Título da coluna do Danilo Venticinque, na Época.
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